A Data Magna da Ilha de Itamaracá foi instituída pela Lei 1.189/2011, de 15/08/2011, a partir da iniciativa do Poder Executivo Municipal por indicação de Edvaldo Júnior, então Secretário Executivo de Cultura, que já realizava, há 2 anos, o evento denominado "Ato em Memória de Padre Tenório" em parceria com o Programa Escola Aberta e a Loja Maçônica da Ilha de Itamaracá. "Nós iniciamos as celebrações do dia 10 de Julho com um evento muito simples, mas muito simbólico, com a pretensão de reconhecer e valorizar a nossa história e a importância da Vila Velha como berço da liberdade e da civilização brasileira. Mas, o que era simples foi ganhando corpo e nós percebemos que já era hora de converter o "Ato" em Data Magna", relata Edvaldo Júnior.
A escolha do 10 (dez) de Julho refere-se ao fim da trajetória heroica do Padre Pedro de Souza Tenório, o Padre Tenório, vigário de Itamaracá e um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817. Relata a história que Padre Tenório, após ter tomado ciência de que a revolução tinha sido deflagrada, se dirigiu ao Forte Orange para decretar a prisão do Juiz de Goiana, que lá estava refugiado. Chegando ao local, conseguiu tomar o controle do Forte Orange, sem disparar nenhum tiro, e hasteou a bandeira branca em sinal de sua conquista.
A Revolução Pernambucana de 1817, que teve início no Recife, em 06/03/1817, quando foi declarada a independência do Brasil pelos Pernambucanos. Após isso foram implantados uma República, com Presidente, Constituição, liberdade de imprensa, ministérios, exército, marinha, embaixada e o início da abolição da escravatura, além da 1ª universidade, em Olinda, e da construção da 1° Bandeira de Pernambuco. A revolução durou apenas 75 dias, pois não houve tempo para preparar as outras províncias do Nordeste. Porém, o exemplo de bravura dos patriotas não foi em vão, pois a independência do Brasil foi conseguida cinco anos depois, em 07/09/1822.
Fonte: RODRIGUES, Valdecírio. História de Itamaracá. Governo de Pernambuco. Ilha de Itamaracá, 1972. p. 137-143.