segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PATRIMÔNIO CULTURAL DE UM MUNICÍPIO, QUE NÃO DÁ VALOR NEM APOIO!!!


Quando a Prefeitura da Ilha de Itamaracá deixa de apoiar uma Artista como Lia de Itamaracá, quem perde não é só a Cultura da Cidade, mas também o Povo da Ilha que não poderá participar da brincadeira, nem desfrutará das riquezas que o turismo cultural poderia ofertar com a manutenção das apresentações semanais da cirandeira mais importante do mundo. Se é burrice, incompetência ou descaso com a cultura, não sabemos. Mas, o certo que não sabemos até quando teremos a oportunidade de ter este ícone à nossa disposição (esperamos que seja por muitos e muitos anos).

terça-feira, 4 de agosto de 2015

PARABÉNS ANJINHA DO COCO!!!


Neste domingo, a rua foi pouca para a celebração do aniversário de Anjinha do Coco. Mas, você sabe quem é Anjinha do Coco? Não. Então veja abaixo a sua história!

Maria Marcelina Rego de Barros, Anjinha como é conhecida, nasceu em Goiana no dia 02 de Agosto de 1928, e veio para a Ilha de Itamaracá aos 20 anos, em busca de seus familiares. É uma mulher guerreira, que vencendo as dificuldades da vida, gerou 12 filhos, casou-se por duas vezes e trabalhou bastante de sol-à-sol, para criar e educar seus filhos. E neste vai e vem, entre tapiocas, passas de caju, tiradas e vendas de coco, descobriu em si mesma a própria alegria de viver, descobrindo no samba de roda e no coco um coração pulsante que contagia e emociona toda gente.


Apaixonada pela Ilha e pela tradição cultural aqui existente, além da labuta do cotidiano, começou a acompanhar com entusiasmo e cantando dançando o samba de Pepeta Coringa , “...E eu gostava muito”, comenta Anjinha, que deixou de ser reconhecida como Maria Marcelina e adotou este singelo e carinhoso apelido como sua marca. Com o falecimento de Pepeta Coringa, assume o também renomado e talentoso Tôta o samba e coco, que aliás, era filho de criação de Anjinha. Algum tempo depois, por conseqüência de sua morte, assume então o reinado do samba de roda e do coco a própria Anjinha, que junto a seus filhos e netos assim seguem cantando e dançando pelas ruas da querida Ilha de Itamaracá.

Em 2009, no terreiro da sua casa, Anjinha, gravou seu primeiro CD com cerca de 80 sambas puxados em apenas uma 1h. Fonte de tamanha riqueza cultural e vitalidade musical, Anjinha recebe convites para apresentar-se não só nos lugarejos da Ilha de Itamaracá, mas também em João Pessoa-PB.

Hoje, no auge dos seus 87 anos de idade, bem vividos, Anjinha ainda demonstra a mesma alegria e emoção ao falar do samba e do coco, para Anjinha, “...Quando a gente bebe, agente fica mais alegre...” , referindo-se ao ano de 2010, cuja alegria do povo, em especial dos papudinhos, após uma noite toda de samba na época junina e no amanhcer pegaram Anjinha dentado-a numa cadeira plástica, ergueram-na aos ombros e grantando: “VIVA A RAINHA DO SAMBA”, saíram em cortejo pelas ruas de Jaguaribe até o mar para cumprir o tradicional ritual do Banho de São João.

Em 2011, o Prefeito Rubem Catunda, homenageou Anjinha no III São João do Buscapé e desde sempre continua cantando coco em seu palhoção em Jaguaribe.


Esta é Dona Maria Marcelina Rego de Barros. Esta é Anjinha do Coco de Jaguaribe. Esta é a cultura da gente.

sábado, 1 de agosto de 2015

ERA UMA VEZ UM CINEMA?


O sonho da Ilha de Itamaracá ter implantado uma Sala de Cinema parece que acabou. Acontece que o equipamento cultural que deveria está servido à população da cidade com a exibição gratuita de filmes, ao que se sabe, não está acontecendo. O Prédio está deteriorado e não há sinais de sua atividade. O Cine Paranambuco foi fruto de um Projeto apresentado ao Ministério da Cultura através do Edital Nacional dos Cines Mais Cultura, que foi aprovado em 1º Lugar com a maior nota entre todos os projetos. Seu nome "Paranambuco" remete ao nome indígena do Estado de PERNAMBUCO - vem do tupi-guarani, junção de para’nã (rio caudaloso) e pu’ka (rebentar, furar), e seu significado é o de “buraco no mar”, pois os índios usavam o termo em relação aos navios que furavam a barreira de recifes no Canal de Santa Cruz (Ilha de Itamaracá)